Ela era pequena e bela, mesmo ao final da vida ela conseguia exalar uma força que não de onde tirava... a base de morfina para não sentir mais dor ela dormiu pela última vez, talvez tenha sonhado com porcos, vacas e galinhas que passou a vida inteira criando, o medo da morte não a deixava dormir...
Pequena!!! Passou a vida inteira reclamando de tudo e de todos, como podia ser tão querida??? E eu era sua bonequinha de portcelana e ria de seu português ruim e seus xingamentos em alemão... a vida inteira fora racista e se foi cheia de netos e bisnetos morenos...
Minha vó que tive tão pouco contato, mas que sempre esteve tão presente nas conversas e piadas de cada dia... e meu vô, sempre tão forte, mostra sinais de desespero pela falta daquela que a vida inteira lhe serviu, mesmo quando ele não merecia.
Sim, a vida dos dois mereceu um livro, afinal ser casada tanto tempo com o velho Gruber é o mínimo que se pode esperar...
Foi enterrada em uma cidadezinha perdida no meio do Amazonas, kilômetros e kilômetros distante de sua cidade natal, no entanto nunca demonstrou saudade de onde tinha vindo... sangue de viajante!!!
Vá com Deus dona Anna Luiza Gunsch Gruber!!!
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