20 de out. de 2009

A Saga de Nildo

Porque eu gosto de falar sobre as coisas da minha terra...


Quando nasceu não tinha nem nome, seu parto foi realizado dentro do São Tomé, um recreio que fazia a rota Manaus- Maués, e ali fora criado, em meio a água e barulho. Sua mãe já era mais velha, era cozinheira do barco, tinha 35 anos e 8 filhos deixados para trás, ela deixara suas crianças com sua mãe em uma pequena vila no caminho que fazia toda a semana, porém o mais novo ela queria que a acompanhasse, talvez pela amargura de passar toda semana pela frente da vila e não poder parar para dar um abraço em suas crianças.

Sem pai e sem irmãos o garoto foi crescendo. Diziam que ele era filho de um turista do sul, outros diziam que nem a mãe sabia quem era o pai... Maria não gostava de falar sobre o assunto. Ela, como uma boa ribeirinha, sabia que era mais importante cuidar de seu filho do que se preocupar com o pai.

A tarefa de criar uma criança no barco é complexa, deixar a criança dormindo na rede ao lado do motor rangendo sem poder ouvir se ela está chorando ou não, cada vez que o barco parava de madrugada em uma cidade ela ficava atenta para que seu filho continuasse junto dela. Quando o barco parava no porto de Manaus ela mantia o Nildo bem proximo dela. Tinha medo que ele acabasse atrapalhando ou mesmo se acidentando no caregamento que ia pro interior. Ele gostava de ficar vendo os estivadores levantando caixa de tomate, saco de batata, arroz, feijão, moto, tudo ia pro porão da embarcação, o cheiro de água do rio misturada com óleo diesel se espalhava por todo o barco.

Às vezes ele sumia, a mãe já sabia onde procurar, ele tava lá atrás do barco sentadinho, sem proteção alguma assistindo o barco formar o banzeiro e acompanhá-lo mexer nas ilhas de capim, assustando os pássaros que ali repousavam. Não, ela não tinha medo da água levá-lo embora, viver na água fazia com que ela tivesse uma relação diferente com o rio. Sentia-se protegida e não ameaçada...



Continua...

Por que ser um RP?

Carta enviada para uma vaga de estágio.


Não acordei um dia e decidi ser Relações Públicas. Escrevendo acerca do fato consigo visualizar os porquês de ter me envolvido com esta profissão:
Primeiramente, sou uma pessoa comunicativa, e creia, isto não é uma mera propaganda. Gosto de conhecer pessoas, conversar com elas e, acima de tudo, entende-las. Em casa sempre fui a apaziguadora das brigas entre irmãos, tentando sempre intermediar o que pra mim eram conflitos bobos, causados pelo problema da falta de comunicação..
Segundo, e não menos importante: adoro escrever! As palavras me fascinam e desde que me entendo por pessoa gosto de lidar com elas.

Dito isto, a visão parcial que normalmente tenho dos meus problemas e dos problemas alheios fizeram com que eu fosse naturalmente uma Relações Públicas. Após entrar na faculdade e descobrir todas as atribuições de um profissional de comunicação, veio a certeza de que este era o caminho que eu gostaria de trilhar.

Acredito que na comunicação a criatividade deve andar de mãos dadas com a criação de textos, de forma que o leitor consiga se identificar com o que está lendo e esperar ansiosamente pela nova tiragem para saber o que há de novo.

Para que haja esta interatividade é necessário que o comunicador esteja sempre atualizado em relação ao que acontece, que leia pesquisas de opinião, cases de sucesso e, sabendo o que deu certo em outras empresas, adaptar todo este conhecimento para a realidade da sua organização.

A faculdade vem me ensinando técnicas, mostrando caminhos, e fazendo com que eu entenda como colocar em prática todo esse aprendizando. Mas quando uma empresa como a Magistral, que valoriza e reconhece a importância da comunicação no crescimento da organização e na satisfação de seus funcionários e clientes, reconhece meu potencial e me torna parte de seu time, é sinal de que meu "palpite" em seguir a profissão foi uma decisão correta.

16 de out. de 2009

Das cartas que nunca serão enviadas

E você me viu crescer, muitas vezes tomou o papel de minha mãe e me ensinou o certo e o errado. Graças a você eu brinquei na minha infância, nao percebi o quanto erámos pobres e desajustados...

Hoje você precisa que te cuidem, que mudem a tua realidade e te mostrem novamente a felicidade. Aquela jovem feliz e divertida se perdeu no meio do turbilhão da vida... mas é dela que eu sinto falta. As máscaras precisam cair, pq vc é muito mais bonita que qualquer máscara e muito mais forte do que se diz ser...

Seus caminhos sempre tão convictos e mudados em tão pouco tempo depois para outro caminho convicto até que perdesse a convicção novamente fizeram com que vc nao acreditasse na tua potencialidade.

Hoje eu nao consigo mais lembrar do cheiro do teu perfume que eu gostava tanto. Só me lembro de um cheiro ocre tão presente em nossas vidas... Definitivamente, não é esse caminho que gostaria que vc seguisse com tanta convicção.

6 de ago. de 2009

...

...eu sou uma borboleta, pequenina e feiticeira que anda no meio das flores procurando quem me queira...

receitinha para eu seguir

Pensar é o mal do século. Para quê ficar vendo defeitos e problemas em tudo? Dormir tensa por que nem no conforto do seu lar você consegue se desvencilhar dos problemas externos...

Olhe para dentro de si e veja o que te faz falta. Perceba as pessoas importantes de sua vida e valorize-as. Preste atenção em quem você mais ama, por que o amanhã não te pertence. Abrace e beije, viva!

Não faça o que te sacrifique ou que te diminua.

Viva! Viva uma caminhada no parque seguido por um sorvete hiper calorico, ou um beijo descompromissado no pescoço, uma coberta no frio e um biquini no calor.

A vida é feita de escolhas, faça a sua e sigá-a, percalços e problemas fazem com que o final seja saboroso.

Não trabalhe pensando na aposentadoria, não namore pensando no casamento, não faça faculdade pensando no diploma, desperte de manhã sem pensar no final do dia. Faça sua vida uma rotina saborosa e divertida, sem pensar muito ou arrumar problemas imaginários.

Viva!!
!

15 de mai. de 2009

Friiiio

Hoje a noite vai ter vinho, filme, edredon e muitos beijinhos...

6 de mai. de 2009

Não sabe, fica quieto!

Ai, você viu o lançamento da EIPÔU? Jisuis amado, não conheço eipôu eu conheço ÉPOU, não sabe fica quieto, ou fale em português: APLÊ, é melhor. Dá para entender.
Aqui em Curitiba existe um bairro chamado Orleans.
- Este ônibus vai para o Orlêans?
- Você quer dizer Órleans, moça?
- Existe acento cobrador? Por que se fosse em inglês seria Orlins.

Por isso que eu gosto da Panaír, feira boa onde afastamos cachorro com o pé e com a mão afastamos as moscas. O nome é Panér em francês, mas amazonense que é amazonense chama de panaír.

Sou chata sim, mas sou chata com que é ignorante por querer ser. Quem não presta atenção em notícia, mas assiste TV todo o dia, mas não digere o que assiste e nem pensa sobre isso.

Ah e meu nome é Louise mas se pronuncia Luize, não você não tem obrigação de saber que em francês o OU tem som de U, mas já deveria ter percebido que Lourdes tem OU, mas ninguém fala Loúrdes. Ou quando me pedem meu nome eu falo: Luize - eLe O U I esSe E e falam - Ahhh, LOUise. ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh...

Hoje não é um bom dia =/

27 de abr. de 2009

Manaus x Curitiba

Voltei de Manaus, e sempre que chego de Manaus sinto uma sensação estranha de Curitiba, sinto-a correta demais. Suas ruas são limpas, o trânsito flui, os ônibus param exatamente onde precisam parar e as pessoas, elas são... como posso dizer... assépticas. Conversando com uma amiga de Manaus que mora aqui comentamos num sábado à noite passando pela ruas mais bombante da cidade, estava frio mas as meninas estavam de saia e salto, todas platinadas, magras e extremamente sem sal... resumindo... assépticas

Esta comparação eu gostaria de ter feito a muito tempo, Manaus com seu calor, sua gente animada, divertida e dada. Seus buracos na rua, seus buracos nos sapatos, maquiagem borrada, bebida quente, havaianas, carro batido, trânsito lento, ruas sem faixa, sorrisos, dois beijinhos, dominó...

Manaus é como se fosse um Blues, pesado, morno, impossível de não perceber e não se embalar em sua batida irregular, seu ar voluptuoso e sensual, cada nota da música entra em seu sangue como se você não conhecesse outro tipo de música e nem conhecesse outra realidade. Já Curitiba é música clássica, todo mundo admira sua qualidade, todo mundo consegue ouvir, mas poucos conseguem entrar na música clássica inteiramente e se deixar envolver, sua perfeição técnica chega até irritar alguns e dificilmente você conseguirá ouvir música clássica o dia inteiro.

24 de abr. de 2009

Só quando é necessário...


Fiz este texto para matéria de Mídia no meu curso de RP na UNIBRASIL. Matéria ministrada pelo professor Ney Queiroz Azevedo. Aprendendo coisas novas e gostando do que vejo...


O FUTURO DA MÍDIA EXTERNA

São Paulo mudou nos últimos anos, prédios novos apareceram, prédio antigos ruíram, e os outdoors sumiram. São Paulo está entre as maiores cidades do mundo e é a única onde a mídia externa é completamente proibida. Isto fez com que as empresas de publicidade focassem outras mídias ou outras cidades. Se formos ao centro de Nova York, a capital da mídia externa, nos deparamos com luzes vindas de todos os lados, billboards, o canal da CNN passando 24h por dia. Este cenário faz parte de Nova York, pode até ser considerado belo, no entanto os outdoors caindo aos pedaços do subúrbio de São Paulo não fazem falta alguma.

A mídia externa está se repaginando, conhecendo novos limites e quebrando outros, a legislação quando usada com coerência permite que a mídia externa faça parte do contexto e da beleza da cidade, forçando o uso da criatividade no setor. Eu pessoalmente creio que, assim como as outras mídias, a mídia externa fique cada vez mais interativa. O cliente do Banco do Brasil que assina a veja recebe uma coisa especial na casa dele junto à revista, ele pode também receber um chip instalado em um belo chaveiro e quando ele passar em frente a um belo luminoso do banco, a mídia reconhece o chip e aparece o nome dele: Banco do Fulano.

Para que esse tipo de mídia comece a funcionar pode levar tempo, mas não creio que seja tanto assim, pois nossas cidades ficam bonitas com propagandas de boa qualidade, luminosos bem feitos e que despertem o deslumbramento, assim como uma obra de arte.

Tranquilamente chata

Ok, só ando escrevendo se for extremamente necessário. Isso é mal, parece que a minha vida está tão tranqüila que tudo aquilo que eu tive vontade de expurgar já nem existe mais dentro de mim... Seria isto bom? Gosto tanto de escrever minhas ânsias que quando to tranqüila não consigo escrever sobre nada...

Nhé... acho que tenho que me preocupar com alguma coisa para escrever bem e com vontade...

Beijusmiliga!

20 de fev. de 2009

Pierrot e Columbina

E viva o carnaval, onde nós não somos nós. Onde podemos fazer o que quisermos. Onde não há moral ou bons costumes e a roupa é completamente dispensável.

Viva!

Feliz 2009

Um ano novo é igual a promessa, mandinga, pular ondas, comer uva, romã, quebrar taça e ao final do próximo ano fazzer as mesmas coisas, provavelmente pedindo o mesmo.

Mas e o o que você faz durante os 365 dias?

Fácil pedir por amor, mas você mesmo não está preparado para se doar para um. Torcer para se tornar milionário é legal (já fiz isso vááárias vezes, passar o reveillon agarrada à uma nota de U$ 1,00), mas durante o ano você traça alternativas para que isso se torne possível?
Perder 5 kg, entrar na academia, se transformar em 3 para conseguir dar conta de sua rotina...

E o que você deseja do fundo de seu coração?

Por muito tempo eu pedi algo específico pois ingenuamente acreditava que isso me traria felicidade. Na noite do dia 31 eu fechava os olhos e pedia amor, dinheiro, um bom salário e que conseguisse alcançar meus sonhos. Alguma coisa eu conseguia, mas a maioria não. Porém quando eu conseguia o desejo de ter outra coisa já me tomava imensamente.

O final de um ano não é o final do mundo ou a morte de sua vida antiga, senão você não acordaria no dia primeiro com uma baita dor de cabeça e aquele gosto inconfundível de cabo de guarda-chuva na boca. Ah, o final do ano é época de comemorar, mas todos os dias a gente precisa comemorar, comemorar o fato de estarmos vivos, saudáveis ou não. Devemos comemorar o nascimento de um novo membro na família, as conquistas alcançadas por seus amigos e comemorar a sua vida.

Nunca gostei de vítimas, sempre achei que a felicidade é construída, conquistada e não vem de graça, mas à noite deitada em minha cama sempre agradeço por ser abençoada por ter a vida que tenho. Estou muito longe do que planejei para mim, mas agradeço imensamente por esse plano seguir seu caminho real e me trazer para onde estou hoje. E este reveillon farei o que todos os ocidentais fazem, fecharei os olhos desejando felicidade, a mesma que tive estes últimos anos e que para mim é a felicidade plena, 3... 2... 1... e que venha 2009!