3 de jul. de 2011

Eu + Você = Nós

Estava pensando em como fomos bobos e inconsequentes em achar que tão no início de nossas vidas, eu aos 21 e você aos 24, havíamos encontrado o amor de nossa vida. Como fomos inocentes em achar que morarmos juntos seria fácil e tranquilo e que seríamos felizes para sempre. Sabendo tudo o que sei da vida hoje, não aconselharia a ninguém fazer o que fizemos. Afinal, as pessoas são difíceis de lhe dar, são sensíveis demais ou duras demais. E acima de tudo eu sempre acreditei que monogamia era para história de cavaleiro do século XV e que o casamento sempre foi fadado ao fracasso.

Hoje, cinco anos depois, eu fico feliz por termos sidos bobos e inocentes. Por desde cedo termos acreditado no que sentíamos e por termos nos reconhecido. Anteontem andando na chuva de Curitiba eu fiquei pensando como eu estava tão longe do lugar que costumava chamar de lar, mas que sou tão feliz por estar em casa. Minha casa é onde você está.

Nem sempre estamos nos melhores dos humores, afinal trabalho e correria fazem parte de nossa vida. Nem sempre tenho um sorriso caloroso para te receber, mas isso logo passa ao ficar do seu ladinho, sempre quente e aconchegante. E diferentes de quase todos os casais do mundo, vamos levando nossa vida feliz.

Neste momento você está longe, além mar, mas seu sorriso, suas mãos, seu abraço caloroso e gostoso estão aqui comigo e sempre estarão, porque com você as coisas todas ficam mais fáceis. E será assim até o final dos tempos.

Eu sei que essa frase já foi dita uma vez por alguém muito importante para você, mas acho que ela entenderá se eu usá-la " você é o melhor de mim".

Te amo!

10 de mar. de 2011

eu, eu, eu

Voltando da faculdade, balançando no ônibus, sempre o lugar onde consigo me entender melhor, pensei mais uma vez sobre mim. Desta vez foi um pouco diferente, foi um pouco mais cru e realista. Quem sou, afinal de contas? Me vi perdida em meus pensamentos em uma cidade que não é minha e uma vida que parece não me pertencer...

Em minha vida carrego a obrigação de muitas coisas nas costas: ser profissional, ser adulta, ser divertida, ser interessante, ser mulher, ser competente, ser feliz, ser alegre, ser parceira, ser amiga, ser esposa, ser filha, ser aluna, ser comprometida, ser, ser, ser... é pervesamente engraçado quando você percebe que toda a sua segurança, auto estima e a razão, sua vida em sim, estão definidas por questões que podem ser destruídas tão facilmente. Fique tranquilo na sua seguridade, estou falando de mim.

Enquanto olhava para o vidro do ônibus pensei em tudo isso e quando me dei conta uma lágrima caiu de meus olhos, como se desistisse de continuar a pertencer ao meu corpo... precisava escrever, não preciso que ninguém me atenda, afinal, não tenho tido tempo de dar atenção aos meus amigos, e nessas horas que penso o que fiz de minha vida enquanto a vivia. Os amigos nessas horas afastam a dor e jogam conversa fora. Falam de você e de si e de situações e de coisas e de pessoas...

Sinto falta de meus amigos, não que eu tenha tido grandes amigos, nunca achei importante conquistar pessoas. Nunca consegui me relacionar com amigos de maneira muito íntima, nem minha presença marcou a vida de ninguém.

Não quero que me deem condolências ou digam que esta dor que estou sentido vai passar, eu sei que vai. Mas como farei para que isso aconteça será decisão apenas minha. Só preciso escrever, nem preciso que alguém me leia... Só quero ler isso daqui a um tempo e achar graça ou simplesmente perceber que meu desespero dura mais tempo do que eu calculava.

Normalmente falo de amenidades e coisas felizes, mas desculpe-me por não ter mais a obrigação de ser coisa alguma ser simplesmente eu.

20 de out. de 2010

28 de set. de 2010

Adaptar-se para comunicar

Texto produzido para a matéria de criação II ministrada por Nicole Coradin


Para os Relações Públicas a era digital criou uma incrível série de novos desafios que nunca poderia ter sido imaginadas pouco tempo atrás. Na verdade, um tipo totalmente diferente de ensino é agora necessário para falar sobre relações públicas para qualquer corporação, seja uma empresa de tijolo com um site corporativo ou um negócio 100% e-commerce.

No passado, os profissionais de relações públicas poderiam criar manchetes e frases espirituosas aliadas a bom textos e estratégias a longo prazo. Agora, com a proliferação das ferramentas de busca e compra pela Internet, os RPs devem deixar de lado a sua tradicional forma de escrita para se concentrar em chamadas que contêm frases que os usuários poderia digitar no google e ao ver um título bem escrito na página de buscas, o usuário clicaria no link levando-o diretamente site da empresa que o RP representa. Além disso, seu conteúdo deve ser cuidadosamente trabalhado para a otimização de palavras-chave que facilitam o rastreamento do site. Por último, mas não menos importante, temos as mídias sociais que precisam ser monitoradas para se ter a idéia exata do que as pessoas pensam sobre sua empresa. A premissa básica para o profissional de RP é entender que todos querem ser ouvidos, respondidos e que acreditam que mereçam uma atenção especial.

Alteração de conteúdo, prazos, pontualidade, como se lida com situações de emergência e controle de danos foram drasticamente alterados para um profissional de RP. No passado, os profissionais de relações públicas só tinham de competir com algumas das principais organizações e responder a um grupo conjunto de repórteres. Hoje, há uma enxurrada de blogs, sites de discussões de produtos, vídeos de notícias e conteúdo que as pessoas podem baixar instantaneamente. Junto a este mundaréu de informações ainda tem as mídias sociais com todo o seu poder de troca de informações rápidas. O conteúdo hoje é proliferado com tanta facilidade na web que as coisas mudam constantemente. Para encarar o desafio de ser um excelente profissional o relações públicas enfrenta um aumento na pressão e tem que agir na mosca ao mesmo tempo estar mais atento à produção de conteúdo original e cuidadosamente elaborado, que se manterá através do oceano de informação e desinformação do ciberespaço.


18 de ago. de 2010

Nunca fui uma pessoa muito musical, mas meu humor é. Ele se define conforme o que toca e definitivamente eu não danço conforme a música. Já fechei a cara em baladas (só eu odeio esse nome?) da moda por que o tuch tuch desceu seco, em compensação já me diverti a noite inteira sentada numa cadeira de ferro em frente a casa de amigos ouvindo Chico... prefiro que não tenha música à musica ruim.

Gostaria que a música me definisse melhor, conhecer cada vírgula do cara que eu curto ouvir, ou que o Danny Canavagh tivesse tirado uma foto comigo para eu poder ter eternizado aquele momento perfeito. Ouvir tudo o tempo inteiro e conhecer coisas diferentes por mérito próprio...

Não sou música, mas o que sou?

Dizem os orkuts dos sábios que se definir é se limitar. Mas consigo me ver como uma gargalhada quente numa noite fria. Ou uma lufada de calor no rosto de quem eu gosto. Afinal, o que me definiria? Calor, gargalhadas, cara fechada, falta de assunto e assunto para noite toda? Sentir-se deslocada ou locada demais. Mais gargalhadas, choros e palavras?

Isto não me define, mas chega um pouco mais perto.

23 de jul. de 2010

Espelhada

Meu espelho quebrou, não tive tempo de comprar outro. Desde esse dia eu vou me vendo no olhos, sorrisos, braços e mãos de outras pessoas. Tenho percebido esse espelho é mais fiel a realidade. Porém ainda não aprendi a ficar bem depois de me ver despenteada.

Talvez compre um novo artefato aqui para casa em breve, ainda não estou pronta para me ver pelos olhos dos outros.

20 de out. de 2009

A Saga de Nildo

Porque eu gosto de falar sobre as coisas da minha terra...


Quando nasceu não tinha nem nome, seu parto foi realizado dentro do São Tomé, um recreio que fazia a rota Manaus- Maués, e ali fora criado, em meio a água e barulho. Sua mãe já era mais velha, era cozinheira do barco, tinha 35 anos e 8 filhos deixados para trás, ela deixara suas crianças com sua mãe em uma pequena vila no caminho que fazia toda a semana, porém o mais novo ela queria que a acompanhasse, talvez pela amargura de passar toda semana pela frente da vila e não poder parar para dar um abraço em suas crianças.

Sem pai e sem irmãos o garoto foi crescendo. Diziam que ele era filho de um turista do sul, outros diziam que nem a mãe sabia quem era o pai... Maria não gostava de falar sobre o assunto. Ela, como uma boa ribeirinha, sabia que era mais importante cuidar de seu filho do que se preocupar com o pai.

A tarefa de criar uma criança no barco é complexa, deixar a criança dormindo na rede ao lado do motor rangendo sem poder ouvir se ela está chorando ou não, cada vez que o barco parava de madrugada em uma cidade ela ficava atenta para que seu filho continuasse junto dela. Quando o barco parava no porto de Manaus ela mantia o Nildo bem proximo dela. Tinha medo que ele acabasse atrapalhando ou mesmo se acidentando no caregamento que ia pro interior. Ele gostava de ficar vendo os estivadores levantando caixa de tomate, saco de batata, arroz, feijão, moto, tudo ia pro porão da embarcação, o cheiro de água do rio misturada com óleo diesel se espalhava por todo o barco.

Às vezes ele sumia, a mãe já sabia onde procurar, ele tava lá atrás do barco sentadinho, sem proteção alguma assistindo o barco formar o banzeiro e acompanhá-lo mexer nas ilhas de capim, assustando os pássaros que ali repousavam. Não, ela não tinha medo da água levá-lo embora, viver na água fazia com que ela tivesse uma relação diferente com o rio. Sentia-se protegida e não ameaçada...



Continua...