Ela tinha recém parido seu terceiro filho e agradeceria se alguém dissesse onde seu marido estava. Era sempre assim, as comemorações nunca eram junto à esposa pelo simples motivo de sempre ter o envolvimento de coisas que ela não podia saber, mas que mais cedo ou mais tarde sempre chegava aos ouvidos dela...
E assim foi a vida inteira, a responsabilidade da casa, do comércio e da educação dos filhos... com uma força excepcional sempre conseguiu que sua casa fosse um lar. O mais impressionante é que ela amava tanto o marido que não conseguia largá-lo, na verdade, o que sobrava de amor pro esposo faltava em amor próprio...
Hoje ela vive uma sombra de vida, por opção própria ou por simplesmente ter se esquecido como é uma vida de verdade... Aguarda a morte como se aguardasse a fila de uma montanha russa, sabe que vai demorar para chegar a sua vez e o coração dá pulos de medo, porém tem certeza que pelo menos será divertido...
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